A capsulite adesiva, conhecida popularmente como ombro congelado, é uma doença que começa com intensa inflamação na cápsula articular do ombro e muita dor, seguida por uma fase de importante limitação dos movimentos do ombro, por isso o nome de ombro congelado.
A causa da capsulite adesiva pode estar relacionada à fatores genéticos e à reações auto-imunes, mas não se conhece exatamente como ela é originada. Sabe-se que ela é muito mais frequente em pacientes com doenças hormonais, como o diabetes e as doenças da tireóide, mas pode ocorrer em qualquer pessoa sem essas condições. Também pode ocorrer em pacientes que permanecem com o ombro imobilizado por período prolongado após um trauma ou cirurgia ou em pacientes com hérnia de disco cervical ou com qualquer outra dor que limite a mobilidade do ombro.
Como falamos, não existe uma causa definida para a doença. Podem haver alguns gatilhos como trauma, esforço repetitivo ou imobilização, ou ela pode começar sem nenhuma causa aparente. O processo se inicia com uma inflamação que leva a um espessamento da cápsula articular, tecido que envolve toda a articulação do ombro.
A capsulite adesiva ocorre em 3 fases, com características diferentes. A primeira fase da capsulite é a fase inflamatória. A dor pode ser leve no início, mas em poucos dias ou semanas progride para uma dor intensa e extremamente limitante. Diferentemente das tendinites, bursites e da síndrome do impacto, qualquer movimento pode gerar a dor e não apenas os movimentos com os braços para cima. Nessa fase o movimento do ombro pode ainda estar normal, apesar da dor. Essa fase dolorosa pode durar até 9 meses.
A próxima fase, é a fase de rigidez ou congelamento. Nesse momento, ocorre uma perda importante e progressiva dos movimentos do ombro, podendo ser muito limitante. Ainda pode haver dor nessa fase, mas geralmente de menor intensidade. O paciente relata que não alcança mais o cinto do carro, objetos mais altos e começa a ter dificuldade para vestir a blusa ou lavar as costas. Essa fase de rigidez dura em média de 12 a 18 meses.
Por último, temos a fase de descongelamento, com uma duração muito variável, em que o movimento do ombro vai melhorando progressivamente, com a resolução da doença. Geralmente em 2 anos o paciente já tem suas funções restabelecidas e já está totalmente sem dor, apesar de algumas pessoas não terem a amplitude de movimento totalmente restabelecida.
Quais são os tratamentos mais indicados para o ombro congelado?
Na primeira fase, o mais importante é controlar a dor do paciente. Quanto menos dor, mais mobilidade, menos aderências na fase seguinte. Tanto o tratamento médico quanto a fisioterapia serão para analgesia, anti-inflamatórios e manutenção da mobilidade.
Passado esse primeiro momento teremos a fase de rigidez com muita perda de movimento. A fisioterapia é muito importante nesse momento para restaurar essa mobilidade articular com reequilíbrio da inervação, principalmente n. supraescapular que geralmente encontra-se hiperestimulado; mobilização das articulações glenoumeral, acromioclavicular, esternoclavicular e escapulotorácica; liberando tensões de toda musculatura da região do ombro, braço, pescoço e tórax; restaurando progressivamente a função.
Uma atividade física, que não exija força do braço afetado, como caminhada, pilates, hidroginástica, … é bem indicada como coadjuvante do tratamento podendo acelerar o processo e contribuir para uma melhor evolução do quadro.
Outros tratamentos médicos como infiltrações ou manipulações sob anestesia podem ser indicados em casos mais graves.
A evolução da doença é lenta, e a recuperação leva em média 2 anos. A maioria dos pacientes consegue restabelecer a função do ombro apesar de muitos nunca voltarem à mesma amplitude de movimento que tinham antes, o que pode ser um problema em caso de atletas ou em atividades específicas que exigem movimentos maiores.
A Fisio Articular pode te ajudar no tratamento no ombro congelado. Contamos com uma equipe especializada de fisioterapeutas que irão promover a reabilitação de forma eficiente e segura.
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